Conceito de Arte
Arte é uma interpretação da vida (realidade). Vincula-se a fatores religiosos (pirâmides egípcias ou esculturas da Grécia clássica), políticos (autoritarismo de Stálin na URSS), sociais (predomínio da burguesia no Romantismo) e simbólicos (evangelistas associados a animais na decoração das igrejas medievais).
Para um objeto ser artístico, ultrapassa o utilitário. Isto significa que satisfaz os cinco sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato), o espírito (a inteligência) e o coração (a emoção).
Os estilos estão intimamente relacionados a uma época (tempo), lugar (país ou região), estrutura social, econômica, religiosa e política, e à personalidade do artista.
Para a análise da obra de arte, podem ser seguidos alguns critérios:
Assunto - O que a obra enfoca. Existem em todos o tipos de pintura, menos na arte abstrata e na arquitetura (trata-se aqui de verificar a função, ou seja, para que serve o edifício).
Expressão - É a interpretação de um assunto. Depende muito da personalidade de indivíduo. Avalia-se o aspecto da obra e a intenção do artista.
Forma - É atingida graças a vários recursos:
1- Proporções - Podem ser mais ou menos realistas.
2 - Contornos - São mais ou menos delineados.
3 - Linhas - Traços finos ou amplos.
4 – Cores:
a) podem ser primárias (vermelho, azul e amarelo), secundárias (verde, violeta, laranja) ou neutras (branco, preto, cinza, bege, marrom); e quentes (vermelho, amarelo, laranja) ou frias (verde, azul e violeta).
b) têm tom (brilho ou intensidade). Ex.: azul-real.
c) apresentam valor(claro ou escuro).
A unidade estética pode ainda ser avaliada em função de três critérios:
a) Harmonia - repetição de motivos (figura, direção, cores) - ex.: traços verticais ou cor predominante
b) Ritmo - repetição regular de um motivo - ex.: traços verticais ou cores em intervalos regulares
c) Equilíbrio:
- axial ou simétrico - reprodução dos mesmos motivos (figuras e cores) em proporções iguais de um lado e de outro de uma linha imaginária
- assimétrico - formas, dimensões e cores diferentes se organizam com certo equilíbrio, mas sem proporções simétricas
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Oscar D’Ambrosio é jornalista, crítico de arte e autor de Os pincéis de Deus: vida e obra do pintor naïf Waldomiro de Deus (Editora UNESP).
quarta-feira, 11 de março de 2009
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